quarta-feira, 25 de novembro de 2009

rima de nós dois

nossos versos
frente e verso
verso em frente
sem inverso

o casual reencontro do caso

com o coração na boca
o peito fica vazio
sem ar quase não respiro
esqueci quem sou
de onde venho
pra onde eu vou
até você passar

meu travesseiro

pra não chorar eu canto
me escondo no centro do canto
e rimo baixinho uma melodia sobre você

a mesma coisa

poesia não tem hora
é pra que ri
pra quem chora
é de hoje
de outrora
jamais se cala
sempre se fala
a muitos devora

menos mais uma

ainda não é ela a doce cinderela
não terá chá de panela e roupa quarando na janela
falta algo que me falta. que me encanta. que me canta. que me acende. que me esbalda
que me liga e que não me desliga mais

só escrevo só

a nudez do poeta é sua poesia
é seu reflexo no espelho
sua companhia do dia a dia

casamento

a moça que ria
enfim só queria
a sua companhia
de noite e de dia
amante que brilha

quem, ele?

o cantor. o compositor
o rimador
o carinha que rima
o poeta

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

dê mais pra você

não julgo quem me julga por não saber julgar
não uivo quem me olha e depois rebola e segue o caminhar
não nada. Não tudo. não faço cara amarrada. nas quando não quero eu chuto

pra conhecer é preciso não saber
dos loucos que acreditam em gnomos e fadas
ou nas bondades do ser

quem é cego é rei de todos os olhos. que enxergam tudo mas nada vêem
se falam, se vestem, se cuidam. se criticam e se juram. e nada sentem
indiferente. melhor ausente. acho que mente. demais por contente. olha pra todos os lados. e menos pra sua frente.

ela no eu. ou eu sem ela

não tenho novidades pra você
de pouco fiz valer
para não me arrepender

um erro poderia dar certo
mas ainda seria um erro
que não pude experimentar

vale a vida numa casa
numa confortável sala
esperando ser estar.

suave melodia de um sorriso
paixão rápida como um suspiro
tão amarga de provar

não tenho novidades pra você
se tudo já me disse
não dá pra mais tentar

da bolha saia e viva
entre na saia viva
ame, derrame. vem me buscar

não suplico nem imploro
por muito menos que isso choro
bastaria me notar

notas baixas tiraria
que num teste eu daria
se você me sabe amar

tudo de novo no tempo

minhas novidades são velhas
como botas sujas postas à janela

meus sonhos não são mais os mesmos
como as promessas que fiz pro meu primeiro amor

tudo muda pro mesmo
às vezes se repete o novo

nada sempre é tudo
logo o amanhã será o ontem

terça-feira, 17 de novembro de 2009

não é apenas um passarinho

enquanto houver maldade também terá bondade
só pra contrastar. só pra contrariar
enquanto houver desgraça também haverá vida

e sonhos. e o amor pra nos levantar
tem alguma coisa errada com o mundo
ou comigo. não dá pra saber

me sinto o diferente
só de ver os indiferentes
sobre o que me deixa contente. que me faz valer.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

acordar e sonhar de novo

tenho um sonho de não acordar
de viver pra sempre na poesia
sem hora pra levantar

tive um sonho onde te beijava e te amava sem me recordar
que era um anjo, uma santa ou uma fada
todavia possível de tocar

viajei em detalhes seus como partes do seu universo
que amo. que rimo. que canto.
que de dia me deixam disperso.

um carinho. uma massagem
logo depois de te amar
uma lembrança de um outro sonho. que nos fez rir e querer mais

esperei não amanhecer
esperei o sol não voltar
imploro pelo anoitecer. preciso te reencontrar.